
Nos dois lados da ponte estavam à mostra exemplos do que é retirado dos rios. Garrafas, pedaços de plástico, sapatos, partes de computadores e até descargas faziam parte do cenário. “Tentamos trazer para a população o que ela coloca dentro das águas. A sociedade tem que entender o impacto causado por esse despejo”, explicou o coordenador do grupo de trabalho de Meio Ambiente e Saneamento do Feru, Alexandre Ramos. De acordo com ele, já é vista uma maior sensibilização das pessoas que paravam para debater o assunto.
Mas alguns insistiam em desrespeitar o meio ambiente. “Flagramos pessoas que passaram e jogaram lixo nos rios, chamamos a atenção, mas não quiseram parar para escutar”, contou Ramos. Porém, ainda há os que lutem pela preservação. “Acho um absurdo quem joga lixo no água. Temos tantos lixeiros pelas ruas, portanto não há motivos para poluir”, explicou o coordenador.
Diariamente, a Prefeitura do Recife coleta mais de quatro mil toneladas de lixo nos rios. Dentre as propostas do Feru para a preservação estão a despoluição do leito e das margens, a coleta de lixo qualificada, a promoção da educação ambiental e o reflorestamento das margens. No Brasil, existem mais de quinze áreas de rios contaminadas, com sérios riscos de exposição humana. De cada cem litros de esgoto, 92 são lançados nos rios e no mar sem qualquer tratamento.
(matéria de Juliana Aretakis - Jornal Folha de Pernambuco)
*Postado por Vanessa Cortez